Levanta e vai ver o sol, o céu, o sul, sei lá, mas vai Corre pelo certo pra não ver o inferno de perto Na tv o diabo de terno Ditando normas para um mundo moderno Mas quem manda em mim, eu mesmo Eu mesmo faço tudo o que for necessário pra ficar de pé na guerra Música eternas, súplicas sinceras juntos montando império Muito surdo cedo, tudo burro, prego pego pelo ego mano, sério que merda Me disseram que leva milianos pra bater as metas nunca fujo delas Sei que todos tem o que merece Por isso que um monte perece Mesmo quando parece que tá tudo certo Mas ta tudo inverso O que que fizeram com o rap? Vagabundo velho brigando na internet (Filme que se repete) Por isso que o nosso som bate, enquanto cês bate “bad” Beat cola na minha voz igual chiclete Tipo a precisão de Pet, no segundo tempo aos 47 Como Dinamite, Zico ou Bebeto Como um som de Cartola ou Gilberto Respeito aos reais arquitetos A muito tempo pode ver, é vero O brasil é penta, educação é zero
Vi meu horizonte por traz do inferno Cicatrizes nunca me farão parar Tempos de loucura hoje eu to esperto Devolvendo meus velhos motivos pra sonhar
Quantas tempestades enfrentei Mudei o meu eu pra caminhar Na estrada deserta acreditei Que bastava fé pra renovar Em constante movimento Vontade à vela, verdade, o vento Selva de cimento, to sem documento Mudanças da mente, libera detento Eleva o espírito, conhecimento Verso no caderno, solto meu lamento Seja breve como o infinito E mais eterno do que momento Vou por aí a procurar antídoto pra me curar Se fé faço desandar Sorrindo pra não chorar Lutando, mantendo a raiz Fugindo do tédio, hora de mover Meu caminho sozinho refiz No chão e no prédio me locomover Mais que os olhos conseguem ver Além da retina, quebrei a rotina Sem medo da sina, morte que ensina Que nada é pra sempre, e à vida termina
Sai de casa com promessas pra cumprir, eu sei Pedi a bênção da minha mãe e do meu pai A estrada é longa, e vai além do que se vê Volta quando vencer, agora filho vai Andei no vale da sombra da vida Eu flertei com a morte Mais forte a cada ferida Mais cansado a cada corte Mais homem a cada mulher Mais um menino a própria sorte Que anda só pra ter saudade de um futuro imaginário E de porta em porta, ruas e avenidas Conheci pessoas, conheci a mentira Escolhi atalhos, ruas sem saída Me cansei das falhas, desisti da vida Conheci o rap, rimas e batidas E nasci de novo, refazendo a trilha de volta pra casa Avisa ao pai que teu filho venceu Hoje é almoço em família
Vi meu horizonte por traz do inferno Cicatrizes nunca me farão parar Tempos de loucura hoje eu to esperto Devolvendo meus velhos motivos pra sonhar
Compositores: Pablo da Cruz Martins (Pablo Martins), Christian Theme (Ct), Jose Fernando Soares Pereira (Nocivo Shomon), Mozart Baez Soares (Mozart Mz) ECAD: Obra #24241767 Fonograma #18198451