O barulho que incomoda na esquina Um projeto de bairro nesse quadrado O azulejo infiltra o amarelo Cor do passado
Um templo a cada esquina Pra secar de fé os "seus Geraldos" A esperança aqui não falta, não Nem que esteja no churrasco de sábado
Foi aí que eu vi O céu de abril Brindando o amor Num quintal bagunçado
O céu abriu, longe do mar A paz sorriu pra me acalmar O céu abriu, perto do mar A paz sorriu pra me acalmar
Sempre por nós Fé na luta e elevação Amor além do coração Meu bloco não para, não tarda, não falha Rala na escala, garra na missão
Sou cria do nordeste, carioca da peste Todo dia na oeste é um teste O dia é tão pesado mas eu sigo tão leve
É humilde, e pequena Mas nossa nunca falta poesia É tijolo, sem reboco Mas eu amo minha vida
Pior de tudo é que tem gente que reclama Não da valor se tem um teto e uma cama Essa gente doida eu não quero por perto Mas de repente só precisam de afeto
Aqui é proibido proibir A nossa mente tem que evoluir Bagulho é doido, então fica ligado Nesse jogo sujo eu entro preparado
Sei que eles vão querer me apontar na falha Mas o punho é cerrado, a rima corta igual navalha (A rima corta igual navalha)
Na nossa casa não se pode ouvir Você dizer que não vai conseguir
Compositores: Juan Carlos de Carvalho Quintino Nogueira (Juan Ursoleone), Filipe Costa Porto de Sa (Filipe Porto), Gabriel Lincon e Silva Santos (Gabriel Lincon), Carlos Antonio de Mattos Costa (Carlos do Complexo) ECAD: Obra #30819813 Fonograma #18348812