A Banca 021
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Céu de Abril

A Banca 021

VAMU


O barulho que incomoda na esquina
Um projeto de bairro nesse quadrado
O azulejo infiltra o amarelo
Cor do passado

Um templo a cada esquina
Pra secar de fé os "seus Geraldos"
A esperança aqui não falta, não
Nem que esteja no churrasco de sábado

Foi aí que eu vi
O céu de abril
Brindando o amor
Num quintal bagunçado

O céu abriu, longe do mar
A paz sorriu pra me acalmar
O céu abriu, perto do mar
A paz sorriu pra me acalmar

Sempre por nós
Fé na luta e elevação
Amor além do coração
Meu bloco não para, não tarda, não falha
Rala na escala, garra na missão

Sou cria do nordeste, carioca da peste
Todo dia na oeste é um teste
O dia é tão pesado mas eu sigo tão leve

É humilde, e pequena
Mas nossa nunca falta poesia
É tijolo, sem reboco
Mas eu amo minha vida

Pior de tudo é que tem gente que reclama
Não da valor se tem um teto e uma cama
Essa gente doida eu não quero por perto
Mas de repente só precisam de afeto

Aqui é proibido proibir
A nossa mente tem que evoluir
Bagulho é doido, então fica ligado
Nesse jogo sujo eu entro preparado

Sei que eles vão querer me apontar na falha
Mas o punho é cerrado, a rima corta igual navalha
(A rima corta igual navalha)

Na nossa casa não se pode ouvir
Você dizer que não vai conseguir

Compositores: Juan Carlos de Carvalho Quintino Nogueira (Juan Ursoleone), Filipe Costa Porto de Sa (Filipe Porto), Gabriel Lincon e Silva Santos (Gabriel Lincon), Carlos Antonio de Mattos Costa (Carlos do Complexo)
ECAD: Obra #30819813 Fonograma #18348812

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