Nem mesmo o santo escapou do ódio do instinto E viu em tempos de dor seu amor também extinto Quantas mão tentei acreditar na justiça Injustiçado desde o parto conhecendo o inferno em vida Minha cruz foi o êxito da fecundação Pelo prazer sem proteção que vem sem pai na certidão E perde a sorte de ser o embrião da pesquisa E cresce armado sem querer, emancipado pela vida! Deus perdoa os pente carregado na guerra Onde se mata por amor sonhando com o império da terra Rouba meu sonho, cria um mundo arquitetônico de estratégia nuclear num coração mecânico Só assim pra entende a mente que escraviza Aí Deus você errou, hoje o homem convence com a mentira Recicla o erro, faz apelo, arrasta multidão fecha os olhos abre a mão, amassa o pão pra divisão Buscando o ápice da ciência, nobel do homem gênio, pra daqui 30 anos estar respirando nitrogênio Nos Dna em laboratório alterado, pra vida na lua em fuga da raiva do desempregado É o que entende minha dor pelo aparelho portátil, digital em alta definição e minha casa embaixo do barro A mãe não voltou porque morreu caçando comida na caçamba, tentando decifrar: "irmão, Jesus te ama. "
É impossível sonhar, na terra dos deuses É impossível sonhar
Não tenta amar o próximo onde só o ódio interage Ninguém dispensa bomba à vácuo pra obter a cura da aids Vê o segredo do sucesso em mensagem subliminar Na imagem da família, desnutrida, sem lar Que nem em oração com o terço de joelho muda o quadro Da torneira com pano de prato, filtrando água com barro Sem saneamento básico, fazem. 30 ser uma das necessidades básicas da vida Entendo o beijo do judas na pregação do culto Quem na promessa do paraíso te deixa sem um puto Me quer com fé na merda acreditando que o fim da dor é minha moeda de oferta enchendo o rabo do pastor Quantos daqui vi sem cabeça cessar vida Vendo descer do céu fogo invés dos anjos com messias Sem intervenção divina, um feto assassinado pela mãe em gestação Com os trago do cigarro Não, nada trouxe paz desde a razão do homem Quando o sangue do semelhante foi meio de combater fome O genocídio do século Xxi não rasga o peito Extermina desnutrido no preço dos alimentos A lição é de guerrilha, em aula de tiro Onde o poder não estimula valor ao livro Céu não passou de paisagem pintada na imaginação por quem viu o jardim do éden, cobrindo corpo no caixão
É impossível sonhar, na terra dos deuses É impossível sonhar
O olhar do homem não vê raça como biologia Ciência, nem sempre vale pro capitalista Conforta as mão negra lavando o pé do senhor Mesmo ciente que apenas 6 de trinta mil genes definem a cor Darwin não errou na teoria dos organismo em mutação Amanhã tem um mano com pele a prova de balas, protegendo o coração Adaptado ao ambiente que o boy construiu distribuindo droga distribuindo fuzil Até quando sonhar com sorriso enquanto a guerra é pelo universo, tenta ama o inimigo pela paz sem sucesso O homem é a própria peste, por vaidade mata Te da xarope contra tosse na formula com glicerina falsa Entendo, quem em campanha do desarmamento não troca arma por brinquedo, por cesta com alimento Porque teve seus direitos violados sem perdão no descaso e explorados na desinformação Então que o choro do preconceituoso não cesse Enquanto a avaliação de caráter for definido à cor da pele Sem cicatrização da ferida, viva a vida refugiado em seus palácios Limitados a ouro e vigia Enquanto o homem persistir em vencer a natureza Que nasça 10 mil ciclones, extinga nosso genoma O inferno é flores com corais em águas cristalinas E um Deus que explode o próprio filho, sem terra prometida
É impossível sonhar, na terra dos deuses É impossível sonhar