Conheci o Batistinha no tempo que fui peão Viajamos muito tempo tirando boi do sertão Pra laçar um pantaneiro batista era dos bão, Também era respeitado no lombo de um pagão.
Ele tinha por estima um bom cavalo arreado Um berrante rio-grandense com o seu nome gravado O seu cachorro gavião não saia do seu lado Três vidas bem diferentes num só destino traçado.
A nossa última viagem até hoje estou lembrado Nas vinha de Aquidauana pra Barretos destinado Chagando no Porto Quinze, um boi ficou arribado Pra vir buscar o mestiço Batistinha foi mandado.
A noite foi se passando e ele não aparecia Meu coração palpitava qualquer coisa pressentia No outro dia bem cedo logo a noticia corria Do uivar de um cachorro lá muito longe se ouvia.
Juntamos a peonada pra procurar o peão Na beira do pantanal vi seu cachorro Gavião Ali terminava o rastro do seu cavalo alazão O berrante em cima d’água foi que trouxe a solução.
O seu cavalo afundou naquele brejo atolante Levando seu cavaleiro pra outro mundo distante Não encontramos o corpo, mas a certeza é bastante Sei que era o Batistinha pela marca do berrante.
Compositores: Francisco Gottardi (Sulino), Teddy Vieira Azevedo (Teddy Vieira) ECAD: Obra #43108778 Fonograma #441922