Passei um dia pela estação rodoviária Aproveitando as minhas horas de folgadas Sentei no banco para ler uma revista Logo chegou uma garota delicada Com muita pressa ele comprou uma passagem Reconheci que era minha namorada Tomou o carro duzentos e trinta e cinco E foi sumindo na distancia da estrada.
A malandrinha fez que não me conheceu Eu quis gritar mas minha voz não saiu Sem compreender a razão de sua pressa Naquele carro a tal garota sumiu Fiquei chorando a minha cruel tristeza Senti meu peito completamente vazio Só em pensar que ela ia e não voltava Meu coração quase que não resistiu.
Todas as vezes ao passar na rodoviária Sinto o meu peito se encher todo de dor Ao ver o carro encostar na plataforma Eu acho triste o barulho do motor. Pois o carro duzentos e trinta e cinco Que hoje faz eu sofrer tanto amargor Se ele voltou daquela triste viagem Porém não trouxe a quem mais eu tenho amor.
A minha vida transformou-se de repente Ficaram triste até as ruas da cidade Não mais encontro na pracinha minha amada Também fugiu a minha felicidade Eu vou pedir um favor ao motorista Que lê diga para mim toda verdade O endereço da mulher que muito quero Para que eu possa dar um fim nesta saudade.
Compositores: Sebastiao da Silva (Caim), Vicente da Silva Melo Filho ECAD: Obra #3898185 Fonograma #1043720