Achille Togliani

Come Pioveva (tradução)

Achille Togliani


Nos amamos tanto


Por uma ano e talvez mais,

Depois nos deixamos

Não lembro como foi.


Mas uma noite nos encontramos

Por fatal combinação,

Porque juntos nos abrigamos,

Pela chuva, num portão.


Elegante com seu vel,

Com um branco chapeuzinho,

Dozes os olhos seus de céu,

Sempre triste o seu rostinho.


E eu pensava a um sonho distante,

A um quartinho de um último andar,

Quando de inverno no meu coração se apertava.

Como chovia, como chovia!


"como estás?" lhe perguntei de improviso.

"bem, obrigada", disse, "e tu?".

"mais ou menos" e depois distraído:

"olha que água vem abaixo!".


"não me importa se me molho,

Tanto a casa devo ir".

"tenho o guarda chuva, te acompanho".

"obrigada, não te incomodar".


Passa na hora um táxi,

Eu o chamo, ela faz: "não",

Digo: "vai, sem medo,

Vamos entrar", e ela entrou.


Assim suavemente eu peguei na sua mão

Enquanto o pensamento vagava distante,

Quando de inverno no meu coração se apertava.

Como chovia, como chovia!


Mas a lembrança do passado

Foi para ela a maior dor,

Porque ao mundo ela havia dado

A beleza e o candor.


Assim quando no seu portão

Um sorriso acenou,

Nos belos olhos de paixão

Uma lagrima apareceu.


Eu nunca mais a revi,

Se é feliz quem o sabe!

Mas se for rica, ou for perdida,

Ela sempre terá saudade:


Quando uma noite num sonho distante

No táxi eu peguei na sua mão,

Quando salvar-se ela ainda podia!

Como chovia...assim chorava!


Come Pioveva


C'eravamo tanto amati

per un anno e forse più,

c'eravamo poi lasciati

non ricordo come fu.


Ma una sera c'incontrammo

per fatal combinazion,

perchè insieme riparammo,

per la pioggia, in un porton.


Elegante nel suo velo,

con un bianco cappellin,

dolci gli occhi suoi di cielo,

sempre mesto il suo visin.


Ed io pensavo ad un sogno lontano,

a una stanzetta d'un ultimo piano,

quando d'inverno al mio cuor si stringeva.

Come pioveva, come pioveva!


"Come stai?" le chiesi a un tratto.

"Bene, grazie", disse, "e tu?".

"Non c'e' male" e poi distratto:

"Guarda che acqua viene giù!".


"Che m'importa se mi bagno,

tanto a casa debbo andar".

"Ho l'ombrello, t'accompagno".

"Grazie, non ti disturbar".


Passa a tempo una vettura,

io la chiamo, lei fa: "no",

dico: "Via, senza paura,

su montiamo", e lei montò.


Così pian piano io le presi la mano

mentre il pensiero vagava lontano,

quando d'inverno al mio cuor si stringeva.

Come pioveva, come pioveva!


Ma il ricordo del passato

fu per lei il più gran dolor,

perchè al mondo aveva dato

la bellezza ed il candor.


Così quando al suo portone

un sorriso mi abbozzò,

nei begli occhi di passione

una lagrima spuntò.


Io non l'ho più riveduta,

se è felice chi lo sa!

Ma se è ricca, o se è perduta,

ella ognor rimpiangerà:


Quando una sera in un sogno lontano

nella vettura io le presi la mano,

quando salvare ella ancor si poteva!

Come pioveva...così piangeva!

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