Abro a janela Vagueio, passeio Incendeio Num papel redijo Numa folha sem receio O que de puro vai na alma Solto a minha ira À medida que a pressão me espalma Infelizmente há sempre alguém ao alto Que não acalma Por isso vingo-me Tirou-me a palma desta mão direita E em palavras quando caem sobre a mínima suspeita Há quem só arde tendo relação estreita Se és mais um desses aqui A minha gera não te aceita
Isto enche o pulmão Sem o indevido tento na língua Sou Ira é pior do que ladrão Sou fogo só deixo cinza Enquanto uns Levam a vida de vento em popa Outros não tem pra sopa Sem emprego não há guito Sem guito muita gente rouba
Esquinas Conquistam novos olhares Como policias e putas Se cruzam como perpendiculares De jacto ao aeroporto no TGV Pra que? A miséria é tão grande Toda a gente a vê
Refrão Um mundo tão diferente De pés assentes Consciente Todos num só Damos vida ao ponto sem nó Manter-nos-emos de forma consistente Um mundo tão diferente De pés assentes Consciente Todos num só Damos vida ao ponto sem nó Manter-nos-emos de forma consistente
Prefiro não ver Imagino o mundo como quero Faço com que teu possas ser Dignidade Força de vontade Correndo pelas veias sem nenhuma entrave No fundo da paisagem Uma estrada firme, curta Confiante ponto de passagem Uma outra Grande e chamativa Por ela passa Mas não caias na tentativa Olhos bem abertos Pés assentes no cimento Há quem te engane Mesmo sem perder tempo Até certo ponto confia Nada está dividido com a mesma simetria São uns que enganam Que proclamam a mudança Pensa que esperar sentado também cansa O dever tenho de reclamar o que é meu por direito Olhos abertos Agrupamento atento
Refrão Um mundo tão diferente De pés assentes Consciente Todos num só Damos vida ao ponto sem nó Manter-nos-emos de forma consistente Um mundo tão diferente De pés assentes Consciente Todos num só Damos vida ao ponto sem nó Manter-nos-emos de forma consistente
Vejo a rua escura E pressinto um vazio Porqu’é que a vida se torna num então enorme desafio? Para te manteres puro E seguir os objectivos Quero fazer algo melhor Não perder pelos trilhos Velhos amigos Transformados em desconhecidos Levados por caminhos Pela sombra escurecidos É a sina Para onde muita gente caminha Esquecendo-se que há mais na vida do que se vê na rotina Mas eu fecho os olhos E mudo de cenário Chefe do meu mundo Com uma caneta de operário Não há limites Só se tu os impuseres Quem os barra, liberta Leva-me a mim se puderes Faz uma pausa, reflecte Avalia o momento Toma consciência Da fugacidade do tempo E tem em mente Que o destino não é traçado Depende sim de cada um E do empenho demonstrado
Refrão Um mundo tão diferente De pés assentes Consciente Todos num só Damos vida ao ponto sem nó Manter-nos-emos de forma consistente Um mundo tão diferente De pés assentes Consciente Todos num só Damos vida ao ponto sem nó Manter-nos-emos de forma consistente