Quando a lembrança da campanha me atropela Traz na garupa uma saudade que judia Ao mesmo tempo também serve de alento Pra quem se lembra do rincão todos os dias
É quando o sol vem acordar o sul do mundo Ou nos ocasos prenunciando noites largas Que esta parceira que invade o peito despacito E corta mais que o aço frio das adagas
Até parece que me encontro chimarreando No oitão do rancho, de onde enxergo o mundo inteiro O vôo manso dos tahãs na várzea grande O meu cavalo retoçando no potreiro É nessas horas em que as léguas se apequenam Pois não há nada mais veloz que o pensamento Que estou distante mas minha alma está lá fora Asas libertas pra voar aos quatro ventos
Ah, quanta falta que me faz o fogo grande Velho parceiro das campeiras madrugadas Para rodeio, marcação, porteira afora Pega de potro, cancha reta e guitarreada
Olhar os campos florescidos de setembro Não há querência mais bonita do que aquela Que hoje canto nestas coplas de saudade Quando a lembrança da querência me atropela
Até parece que me encontro chimarreando No oitão do rancho, de onde enxergo o mundo inteiro O vôo manso dos tahãs na várzea grande O meu cavalo retoçando no potreiro É nessas horas em que as léguas se apequenam Pois não há nada mais veloz que o pensamento Estou distante mas minha alma está lá fora Asas libertas pra voar aos quatro ventos
Compositor: Adair Rubim de Freitas (Adair de Freitas) ECAD: Obra #1663925 Fonograma #1116579