A tropa vai ao tranco estrada à fora fareja o próprio rastro sem saber que a morte desde "onteonte" faz negaça e os caminhos que hoje passa nunca mais irá volver. O berro, a poeira, o grito dos tropeiros se perdem na amplidão desses confins e aos poucos me dou conta que o destino da tropa e do tropeiro é o mesmo enfim.
REFRÃO: Criado desde piá pelas estâncias a magia das distâncias eu sonhava decifrar. Rumbeando a estrada livre dos tiatinos encontrei no meu destino este ofício de tropear. Sou parte destes berros, desta poeira destes gritos, vida inteira na culatra ou no fiador, fascínio da sonata de um cincerro que escutei por trás dos cerros num sem fim de corredor.
Quem traz dentro da alma este xucrismo de andar buscando a luz dos horizontes forjado no rigor da dura lida sabe que a sede de vida semata na própria fonte. Não teme o sol que abrasa os corredores ou o frio de uma garoa galopeada assim é o homem livre dos caminhos que um dia, por querer, se fez estrada.