Quando volto às casas num final de tarde Venho assoviando uma coplita mansa Meio basteriado pela dura lida Mas meu coração canta de esperança
Sei que me esperam junto da janela Dois olhos matreiros presos na distância É a dona do rancho que sai porta afora Para os braços rudes deste peão de estância
É um rancho posteiro num fundo de campo Meu pequeno mundo que eu mesmo fiz Como por encanto torna-se um palácio Pra prenda rainha que me faz feliz
Esta prenda linda prendeu meu destino Não sou mais teatino, vejam o que ela fez E ao olhar seu ventre, sei com ansiedade Que em breve no rancho nós seremos três
Vou aumentar o rancho, pois sou prevenido Já tenho escolhido um pingo pra o piá Vai ser meu parceiro nas horas de mate Maior alegria que esta não há
Quem tem o que tenho vai me dar razão De cantar alegre, galopeando ao vento A saudade é um chasque pra mulher amada Que me invade o peito, coração adentro
Compositores: Adair Rubim de Freitas (Adair de Freitas), Jose Ricardo Martins Moreira (Ricardo Martins) ECAD: Obra #221637 Fonograma #1116602