Hoje, como ontem, to agoniado, desesperançado, peito ao molho de navalha A minha alegria mais parece nunca, mais parece nada, mais parece jamais, nada nunca
Deitado em maca esplêndida do meu destino Eu só queria era ficar hoje sozinho Ah! Como eu queria era fazer um poema triste e depois compor com réquiem de cavaquinho
Entenda como eu tô triste, como eu tô triste Dá licença pra eu ficar tão triste assim, me dá licença Deixa eu fazer o que penso, deixa eu fazer o que sinto, dá licença Assim como ‘cê faz somente o que ‘cê pensa
Mas hoje, como sempre, se eu gritar que vou pular desse edifício O espetáculo recomenda o pulo
Meu Deus, por que inventei de ser artista, Se todo mundo quer viver batendo palmas da minha dor? E ainda por cima querem fazer um carnaval na UTI da minha alma! OK, você venceu! OK, você venceu! Tudo, tudo agora é festa! ‘Cê entra com o chute e eu entro com a testa
Então na minha dor, tentei compor um roque, um xote, um fox trote, um baião Pra, no final, compor pr’ocê esta canção
Só pra você Dançar com sua alegria Dançar sem nenhum pavor Dançar ao som da minha dor
Dançar com sua euforia Dance sem nenhum pudor Dançar ao som do meu pavor
Compositor: Adeildo Vieira dos Santos (Adeildo Vieira) ECAD: Obra #38344176 Fonograma #42804549