Domingo, segunda, terça, quarta, quinta, sexta-feira Qualquer dia da semana, pra farrear sou companheiro Me chamo Adelar Bertussi, cantador, bom sanfoneiro Afamado no Rio Grande, também no Brasil inteiro
Meu chapéu de aba larga, de barbicacho de prata Bombacha de friso largo, botinha fole-de-gaita Na cintura um bom Schimidt, no cabelo um bom cheiro Na espora muita honra, no bolso muito dinheiro
Se eu boto o traje gaúcho, só pra dar minhas volteadas Se eu monto na égua estrela, por morena batizada Se eu arrojo a estrela, dou um grito e páro a fala Derrubo, piso na orelha nem se quer enleio o pala
Quando eu vou pra Criúva nos domingos de manhã Dou uma volta pela vila, como se eu fosse um galã Depois pra mim não tem hora, pra mostras que eu sou o cancan Pego na minha gaita e toco, pra alegrar as minhas fãs
Se eu saio de São Jorge e vou pra outras encruzilhada Eu não fico atrapalhado e já arrumo namorada Se eu pego na minha gaita pra alegrar a moçada Eu canto cada versinho, deixo as moças apaixonada
Se eu tô cantando um verso e resolvo de parar Já paro na mesma hora sem ninguém me contrariar Dou um floreio no teclado pra melhor desempenhá Dou um nó na minha garganta e fecho a gaita pra encerrar