Tu que vens agora de Montemaior Que de Montemaior agora és chegado. Diz-me se trazes recado do meu amor Lá do meu amor de quem fui separado.
Não temas os ferros deste gradeado Nem as espadas ruins que há em meu redor Tu de Montemaior agora chegado Nesta hora chegado de Montemaior Conta-me o recado que trazes mandado Do meu amor de quem fui apartado Não temas os ferros deste gradeado Nem as espadas ruins que há em meu redor.
Saiba a minha gente de quem vens mandado Que todos lá saibam em Montemaior Cada vez mais luto pelo que eu lutava Que sou todos sabem soldado do povo Não foi só a mim que isto aconteceu A muitos mais foi e deles um fui eu Na sombra da noite eu fui afastado Por gente sem rosto e longo braço armado.
INSTRUMENTAL
Vida que ganhei nunca foi por esmola Pois criança ainda apascentar o gado Da encosta ao vale e da planície à serra Era o meu livro de eu andar à escola E anos depois já homem feito o arado Era o meu jeito de escrever na terra E o gesto franco de lançar sementes Era dividir o pão por toda a gente.
INSTRUMENTAL
Conta quem cá viste neste gradeado Conta as espadas ruins que há em meu redor Conta que eu luto pelo que lutava Que a vitória é certa e já não vai tardar.
Que ainda mais me ama quem me tem amado Que ainda agora luta pelo que eu lutava Se é esse o recado que trazes mandado Lá da minha gente outro eu não esperava Conta quem cá viste neste gradeado Conta as espadas ruins que há em meu redor Conta que eu luto pelo que lutava Que a vitória é certa e já não vai tardar.
Saiba o meu povo de que vens mandado Que todos lá saibam em Montemaior Cada vez mais luto pelo que lutava Que sou todos bem sabem soldado do povo.
INSTRUMENTAL
Composição: Adriano Correia De Oliveira E Manuel Da Fonseca