Do frio da cela do forte Do lado norte por sobre o rio Por sobre o rio do lado norte A mão acena por Helena.
Do lado do sul do rio Na negra pena por Helena: À rua deitado jaz vazio e frio O corpo apagado de Helena.
INSTRUMENTAL
Salgado rio de pranto Jorrando entre mágoa e mágoa E uma cidade de espanto No perfilado recorte Espelhado no fundo de água Pára o Tejo à beira-morte À beira-morte de Helena E à beira-cela do forte Onde ainda a mão acena.
Do lado do sul do rio À rua deitado jaz vazio e frio O grito em vida amordaçado No corpo delgado de Helena.
INSTRUMENTAL
Mão de aceno gradeado É por nossa condição Gente de foice e arado Homens de cais pescadores Mais os que como nós são Nos escritórios e fábricas Dia a dia os construtores Dos dias desta nação É por nós que a mão acena Da beira-morte de Helena Contra a mão que nos condena.
Para que a morte de Helena Não venha a ser nossa sorte Ao sul e ao norte a mão acena Fechando o punho ao sul e ao norte.
INSTRUMENTAL
Salgado rio de pranto Jorrando entre mágoa e mágoa E uma cidade de espanto No perfilado recorte Espelhado no fundo de água Pára o Tejo à beira-morte À beira-morte de Helena E à beira-cela do forte Onde agora um punho acena.
Do frio da cela do forte Do lado norte por sobre o rio Por sobre o rio do lado norte A mão acena por Helena.
Para que a morte de Helena Não venha a ser nossa sorte Ao sul e ao norte a mão acena Fechando o punho ao sul e ao norte.
INSTRUMENTAL
Composição: Adriano Correia De Oliveira E Manuel Da Fonseca