Estreleiro quando a saudade de achega encilho um verso e pelo gosto saio o floreá-lo na lida. um sol campeiro, Ă©gua madrinha da tropilha lambe o sereno da manhĂŁ recĂ©m parida. e se achega madrugando um silĂŞncio levando ertrelas para o cĂ©u das invernadas uma boieira, companheira do campeiro, se aninha mansa, na testa da minha gateada. bato na marca, sigo ao tranco, pĂ© no estribo cano virado, um pala branco e o tirador no talareio que as esporas vĂŁo cantando a poesia que arrocina o cantador. o minuano inventa asas pra o meu pala e traz pra várzea o sabor do novo dia lida campeira que sustento pelo vĂcio de florear potros e lidar com a gadaria. a voz do campo na saudade dos meus versos Ă© a campanha pela várzea dos galpões mal comparando Ă© um palanque bem cravado que segue firme, apesar desses tirões. esse meu canto estreleiro traz em versos alma de campo a encilhar tantas auroras Ă© um crioulo que pechando com os encontros traz o Rio Grande nas estrelas das esporas.
Compositores: Adriano da Silva Gomes (Adriano Gomes), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #1717440 Fonograma #702439
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