Alameda dos Anjos

Desgrenhado

Alameda dos Anjos


A manhã me traz
Decisões e o desejo de que o dia possa ser normal
Toco meu rosto e sinto
Que está na hora de mudar
Olhando no espelho, mudando expressões
Cortando relações com quem não sou
E sonhando em depois não ter que reatar

Então eu sigo em frente
E vou com meu cabelo desgrenhado
Em meus olhos levo um lápis mal passado
E já não quero mais voltar
Pra essa história em que ser livre é ser errado
E viver como animal engaiolado
Mas os olhares vêm
Tentando me atingir como as flechas de um caçador
Finjo que não noto
Forço um sorriso pra esconder a dor

Escuto os comentário que quero ignorar
Procuro um lugar num devaneio
Onde eu possa entender que tenho meu valor
Então eu sigo em frente
E vou com meu cabelo desgrenhado
Em meus olhos levo um lápis mal passado
E já não quero mais voltar
Quero alçar o voo rumo à liberdade
Pra bem longe de toda essa hostilidade

Então eu sigo em frente
E vou com meu cabelo desgrenhado
Em meus olhos levo um lápis mal passado
E já não quero mais voltar
A ser um ser humano adestrado
Quer saber? O armário está muito apertado
Eu vou
Com meu cabelo desgrenhado
Em meus olhos lavo a lápis meu passado

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