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Morte de Um Poeta

Alcione

A Arte de Alcione


SilĂȘncio
Morreu um poeta no morro
Num velho barraco sem forro
Tem cheiro de choro no ar
Mas choro que tem bandolim e viola
Pois ele falou lĂĄ na escola
Que o samba nĂŁo pode parar
Por isso meu povo no seu desalento
Começa a cantar samba lento
Que Ă© jeito da gente rezar

E dizer que a dor doeu
Que o poeta adormeceu
Como um passaro cantor
Quando vem no entardecer
Acho que nem Ă© morrer

SilĂȘncio
Mais um cavaquinho vadio
Ficou sem acordes, vazio
Deixado num canto de um bar
Maz dizem poeta que morre Ă© semente
De samba que vem derepente
E nasce se a gente cantar

E dizer que a dor doeu
Que o poeta adormeceu
Como um passaro cantor
Quando vem no entardecer
Acho que nem Ă© morrer

Compositores: Antonio de Oliveira (Totonho), Paulo Roberto dos Santos Rezende (Paulinho Rezende)
ECAD: Obra #20966 Fonograma #33078956

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