Alex Duarte
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Nas Asa da Jacutinga

Alex Duarte

Canteiro de Bálsamo


Essa canção é um apelo à preservação do ambiente
Sobretudo à ave jacutinga, que deu origem à minha cidade
No sul de minas, por haver em grande abundância
Há tempos atrás. hoje ela só existe em cativeiro
Mas o povo de lá inda querdita que um dia
Ela vai vortá a dominá as nossas vista
E o que importa é isso, num deixá o sonho morrê!
O sonho tem que batê asa, tomá artura
Qué nas asa dum bem-te-vi, qué nas asa dum bêja-frô
Qué nas asa da sabiá ou nas asa dum condor
O sonho tem que toma artura, e que tome artura intão
Nas asa da jacutinga!


O sór acordo mais cedo alimentânu a poesia
I a mão da sabedoria encheu di tuada a muringa
I a butina da luta mi arrebato pás lonjura
I o sonho tomo artura nas asa da jacutinga

I ali nu meio da istrada o chão si iscondeu di medo
I u peito rasgo um segredo na flexa qui os zóio dispara
I nu silêncio da noite, quar um açoite di morti
U ventu corto mais forte u cantu das braquiára!

I nu fim da romaria, us santus tudu calaru
I us tolo si lambuzaru cus nomi feio qui xinga
I um banqueti di leis si confesso cum fartura
I o sonhu tomo artura nas asa da jacutinga!

Compositor: Alexsander Jorge Duarte (Alex Duarte)
ECAD: Obra #1805185 Fonograma #983692

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