Esta parada que eu carrego no meu jeito Me vem do peito, embriagado de ideal Eu sou de um povo que se fez a ferro e fogo Guardando posto do Brasil meridional.
Os olhos firmes não retratam amarguras Pois, as agruras não são mais que provações Se rio pouco, quando rio, sou sincero Sei o que quero, não nasci pras ilusões.
E a cada dia que o Brasil fica mais velho Eu me revelo mais gaúcho e brasileiro Pena que os olhos do país, às vezes, turvam E nos enxergam muito mais como estrangeiros.
É bem verdade que não somos agregados Aos que parados, choram pranto de miséria Sangue latino, coração de terra bruta A nossa luta é por trabalho e gente séria.
Nossas verdades têm razões nacionalistas Como ativistas da cultura regional Já não pregamos nenhuma separação Revolução é dar a mão ao seu igual.
Por isso eu digo, a cada brasileiro Que se revele com orgulho da nação Apenas peço, não esqueçam do Rio Grande Que ainda temos o Brasil no coração.