Almir Rogério
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Mulher de Ninguém

Almir Rogério


Como eu posso ser feliz em minha vida?
Vivendo ausente da mulher que eu mais amei
Com tristeza eu recordo a despedida
Daquela ingrata com quem eu tanto sonhei

E sozinho hoje eu entro em meu quarto
Esta saudade faz os meus olhos chorar
O meu consolo é beijar o teu retrato
Enquanto outros em seus lábios vão beijar

Ela tem tudo que sonhava neste mundo
O seu desejo era viver na liberdade
Dando em meu peito este golpe tão profundo
Deixando em mim a cicatriz da falsidade

Vejo a aliança que ela ainda traz no dedo
Foi recebida de joelho em frente ao altar
A lei divina foi pra ela um brinquedo
Indo pra lama destruindo o próprio lar

Hoje ela vive de boêmios rodeada
Trocando abraços por um copo de bebida
Todos se afastam quando chega a madrugada
Fica sozinha maldizendo a própria vida

Mesmo seu rosto não esconde mais a mágoa
Olha a aliança que é o espelho do passado
Chama meu nome com os olhos rasos d'água
E pouco a pouco vai pagando o seu pecado

Compositores: Benedito Onofre Seviero (Benedito Seviero), Ludovico Colognes (Paiolzinho)
ECAD: Obra #23740 Fonograma #28737708

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