Faustina, faustina! O que é? Você abriu o portão pra velha? Abri sim Abriu não é? Então vai haver o diabo!
Presta atenção, a tua mãe entrou com as malas E no porão já foi guardá-las, não dei autorização Esta sogra é um diabo, é um azar, deve morrer Ir para o inferno mas não me vir atormentar
Sogra vulcão foi-se meter lá no porão Vamos ter séria discussão, pois o meu lar não é senzala! Mandasse entrar, disseste a ela que a casa é tua Agora nem que seja a bala, vou joga-la já na rua
Não me conformo com este estado Tenho um estojo preparado pra enfrentar o sururu! Deixa a encrenca, não demora E se a velha não cai fora vai direto pro caju Isto faustina, vai tomar o lado dela Também sai pela janela com sua roupa e seu baú
Mas é que hoje, quando fui para o trabalho Ela arrancou-me o assoalho, vejam só que amofinação Quebrou-me ainda toda a louça da cozinha Insultou-me uma vizinha e quis queimar meu barracão!
O que eu preciso é me livrar desta impostora Que na encrenca é uma doutora e faz da briga profissão Que representa ao mesmo tempo uma granada Uma pistola e uma espada, uma bomba e um canhão