Não me interprete mal Brasília mora no meu coração E devo tudo que eu sou a ter crescido aqui Com os amigos que entendem minha aflição Gosto de reclamar Mas nunca fui de ter medo da ação E fiz a minha parte pra trazer pro solo seco Um punhado de esperança e diversão Perdi conta das vezes, dos dias e dos meses De tudo que investi, tanto tempo e dinheiro Pra tentar ter no futuro o que eu sentia Que era urgente para mim
Esbarrei nas limitações Tanto minhas quanto da cidade E o esforço necessário pra nadar contra a corrente Pra tentar fazer as coisas de uma forma independente Foi demais
Não sou de desistir Mas aprendi que devo abandonar Os planos e projetos que custaram todo meu suor e sangue E não saíram do lugar Se me faltou talento, me sobrou insistência E quis me dedicar ao que valia a pena Mas tudo que julguei tão valioso tem valor só para mim
Esbarrei nas limitações Tanto minhas quanto da cidade E o esforço necessário pra nadar contra a corrente Pra tentar fazer as coisas de uma forma independente Foi demais
Somos todos náufragos vivendo nesta ilha Montando nossa casa ou buscando uma saída Fugindo desse tédio com a música, amigos e bebida E aqueles que conseguem escapar Quase nunca voltam pra contar O que há do outro lado que os falta tanto aqui neste lugar
Sei que existem limitações Em todo e qualquer lugar Mas chegou a minha hora de buscar o diferente De sair do meu conforto e seguir sempre em frente E me arriscar Não há vida sem tentar
Compositor: Alvaro Dutra de Araujo (Protons) ECAD: Obra #40926802 Fonograma #46264198