Eu não troco minha véia das pernas cheia de nó Por um brotinho elegante que quiser ser meu xodó Porque sei que minha véia, ela gosta de mim só O brotinho é perigoso, que nem bala geveló Ela só quer meu dinheiro pra gastar tudo sem dó
Minha véia é tão magrinha que parece um cipó O pescoço tá fininho que a gente só vê o gogó Quando ela sai andando, sai fazendo caracó Parece um corujinha, lá em cima do paió Com o peso da idade entortou que nem anzó
Zombaram da minha véia eu fiz om forrobodó Dei tiro pra todo lado fiz gente rolá no pó Acabou a munição, eu soltei o mocotó A polícia entrou no meio, eu chamei o pai jacó Mesmo assim não teve jeito fui dormir no xilindró
Minha vida era doce já tive prazer maió Agora no fim da vida, amargou que nem jiló Já fui um moço ciumento, fiquei véio fiquei pió Eu já fui um galo índio, já não sou nem carijó Tá chegando a minha hora de abotoá o paletó
Compositores: Amado Jacob (Amado Jacozinho), Moacyr dos Santos ECAD: Obra #91328 Fonograma #1832369