Levanto escuro, calço as botinas Beijo os meninos e vou trabalhar Pego o transporte lotado de gente Ai que vontade ardente de logo acertar
Os treze pontos que arrisquei na quina Ou então a quina que eu também tentei Pobre do pobre só vive de sonho e Eu ponho fé no jogo que joguei Pobre do pobre só vive de sonho e Eu ponho fé no jogo que joguei
Fim de semana A ilusão de poder descansar Faço meu vale e passo no buteco E tomo um treco pra me enganar
Das minhas mágoas e das minhas dores Destes rancores que a gente tem Da vida dura que se vai levando e Tapeando neste vai e vem Da vida dura que se vai levando e Tapeando neste vai e vem
No meu barraco está faltando tudo Como é miúdo o salário meu Igual um pinto apertado no ovo Vive este povo só de fé em Deus
Mas se a tristeza vem e me amola Pego a viola e canto uma canção Eu tenho a nega e os meus meninos Este é o destino deste cidadão
Pego a viola e canto pros amigos Falam comigo, você vai vencer Mas não preciso nem gravar um disco eu Já sou artista por sobreviver Mas não preciso nem gravar um disco eu Já sou artista por sobreviver
Compositor: Antonio Victor Dias Filho (Antonio Victor) ECAD: Obra #21886 Fonograma #834626