Velha canoa deslizando na correnteza Vai carregando o sofrimento e a tristeza De um coração de alguém que vive amargurado Que muito sofre por amar sem ser amado
Gotas de orvalho vão caindo de mansinho Por entre as flores que nas margens vão crescendo São como lágrimas de alguém que sem carinho Que não suporta mais viver sempre sofrendo
Vai canoa, vai deslizando A minha mágoa que estou chorando Distante da minha amada eu só vivo soluçando Distante da minha amada eu só vivo soluçando
Velha canoa sei que escuta o meu lamento Entre soluços devagar se perde ao vento Atirei na água o caderninho em que escrevi Os lindos versos que pra ela ofereci
Canoa amiga que das águas és companheira Desce essa onda e devolva os versos meus Pois é a única lembrança que ficou De um grande amor que terminou sem ter adeus
Vai canoa, vai deslizando A minha mágoa que estou chorando Distante da minha amada eu só vivo soluçando Distante da minha amada eu só vivo soluçando
Compositores: Chrysostomo Pinheiro de Faria, Pascoal Todarello (Belmonte) ECAD: Obra #20914060 Fonograma #3561480