Quem primeiro inventou greve Aqui em cima do chão Foi um lote de jumentas Até com certa razão É que Deus tava criando Seus animais e soltando Uns com urro, outros com berro E por muito ter trabalhado Sentiu-se um pouco cansado Porque ninguém é de ferro.
Deus estava terminando De inventar o jumento Mas resolveu descansar Determinado momento Chamou um anjo importante Que era seu ajudante
E amigo particular E lhe disse com capricho Termine aqui esse bicho Que eu vou ali descansar.
E quando Deus retornou Do seu descanso sagrado Deu de cara com o jumento Que já tava terminado Mas notou logo um defeito E disse assim desse jeito: "Rapaz num tem jeito não, só dá tempo eu me ausentar, pro negócio desandar no setor da criação."
É que o seu ajudante Concluindo o animal Deixou aquele negócio Meio desproporcional Metro e "mei" de comprimento Maior do que o jumento Chega passava da venta Deus disse: "Num presta não, que não vai ter posição dele subir na jumenta."
O anjo disse: "Eu ajeito, Comigo não tem fracasso, É só pegar uma faca E tirar aqui um pedaço." As jumentas escutando, Foram logo se juntando E num desejo comum, Disseram logo em seguida: "Vê se arruma outra saída, cortar? De jeito nenhum."
E fizeram uma assembléia Colocaram em votação Ganhou por unanimidade A frase do "corta não" Com a confusão criada Deus viu que da enrascada O anjo não sairia, Aí entrou em ação Pra mostrar a dimensão Da sua sabedoria.
A marreta de dois quilos Pediu para alguém trazer E disse: "Segura o jegue, que a gente vai rebater." Aí baixou a pancada Dava cada marretada Chega esquentava a marreta E o jegue até hoje em dia Possui a mercadoria, Da forma de uma corneta.
Compositor: Jose Amazan Silva (Amazan) ECAD: Obra #190124 Fonograma #44678