Sou alguma coisa entre medo e explosão Acho que de carregar algo com um furacão Dentro de mim moram asas doidas pra me aventurar Mas rodeiam sem descanso nesse meu jeito vulcão Sou essa menina que tem medo de avião Que chora sempre ao decolar mas cantarola pra nunca cair
Se canto baixinho é por medo de assustar Já que grito no meu canto sempre antes de deitar Que todos os dias sou barulho por demais Deixo pra quando eu cantar Algum sossego só pra eu respirar
Que toda essa pressa que me acorda de manhã Dentro aqui do meu compor venha reduzir poeira em flor Que toda essa briga que bagunça o coração Voe longe voe longe alto a cada palco que me carregar
Só me desculpem se nem sempre eu sou canção Sei que posso machucar é muito medo é muito furacão Quem me dera ser suave assim com cada amor que em mim passar Acho que é um pouco por isso que eu me namoro sempre a solidão
É que sou alguma coisa entre medo e explosão Já que grito no meu canto sempre antes de deitar Que todos os dias sou barulho por demais E dentro ali do meu compor eu venho reduzir poeira em flor
Compositor: Ana Luiza Pires Santana (Ana Larousse) ECAD: Obra #7231076