Morrendo de Fome em Cima do Ouro
Um dia bem cedo tranquilo eu estava
Quando um alguém bateu no meu portão
Eu mais que depressa fui atender
Chamava-me urgente meu caro patrão
Eu fim lhe pedir para você mudar
Não posso lhe dar mais agregação
Porque agora somos obrigados
Dar ao agregado a indenização
Então nesta hora fiquei inquieto
Saí como louco a procurar morada
Em todas as partes todos me diziam
Minhas lavouras são mecanizadas
Meu negócio agora é só maquinário
Não vou mais dar chance para agregado
Em vez de dinheiro pra indenização
Eu formo invernada pra engordar meu gado
Então nesta hora mudei pra cidade
Fui me abrigar numa invasão
Veio o tal despejo, me jogou pra rua
Sai daí canalha, malandro e ladrão
Um homem honesto de mãos calejadas
Sofrendo na alma tanta ingratidão
Vivendo no mundo do tal desemprego
Sem uma chance de ganhar o pão
Agora pergunto como vou fazer
Para sustentar meus pequenos filhos
Roubar é pecado, pedir é vergonha
Ninguém dá esmola pra um homem sadio
Nesse mundo rico que a gente vive
Mas porém de greve, de guerra e de choro
Tantos homens honestos de força e coragem
Morrendo de fome em cima do ouro
Compositores: Jose de Freitas Machado, Antonio Andre de Sa Filho (Andre Filho)
ECAD: Obra #2806501 Fonograma #1381260Ouça estações relacionadas a André e Andrade no Vagalume.FM