É bem triste o meu passado, senhores preste atenção Meu pai foi um boiadeiro que cortava o estradão Amontado em seu bragato com seu berrante na mão Na garupa o seu laço que era de estimação Ele morreu em sua lida, na fazenda do grotão Pra mim ficou a saudade, oiiilaráiii, a tristeza e a paixão... aiii Fiquei com quatorze anos nessa mesma profissão Lutando com os pantaneiros que era minha inclinação Minha mãe assim falou... Guarde por recordação Esse laço é uma defesa para a sua proteção Receba como Herança, o berrante e o gibão e ao lembrar do seu papai, oiiilaráiii, faça a sua oração... aiii Fui buscar uma boiada na fazenda lagoão Saí de madrugadinha pra saltar o Rio Maranhão Só via chuva e vento cortando aquele sertão Minha boiada estourou na serra do gavião Nessa hora o meu pai, chegou ali na ocasião Meu filho siga viagem, oiiilaráiii, com seu berrante na mão... aiii O gado me acompanhou dentro da escuridão Cheguei na beira do rio foi triste a situação Minha mãe ia rodando nas águas do Maranhão Joguei meu laço por cima alcançou a sua mão Tirei ela no barranco e pedi sua benção Nessa hora meu berrante, oiiilaráiii, repicou na solidão... aiii
Compositores: Albertino Soares da Costa (Albertino Soares), Sebastiao de Freitas Machado (Andrade) ECAD: Obra #2809486 Fonograma #2132778