André e Andrade
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Passado de Um Boiadeiro

André e Andrade


É bem triste o meu passado, senhores preste atenção
Meu pai foi um boiadeiro que cortava o estradão
Amontado em seu bragato com seu berrante na mão
Na garupa o seu laço que era de estimação
Ele morreu em sua lida, na fazenda do grotão
Pra mim ficou a saudade, oiiilaráiii, a tristeza e a paixão... aiii
Fiquei com quatorze anos nessa mesma profissão
Lutando com os pantaneiros que era minha inclinação
Minha mãe assim falou... Guarde por recordação
Esse laço é uma defesa para a sua proteção
Receba como Herança, o berrante e o gibão e ao lembrar do
seu papai, oiiilaráiii, faça a sua oração... aiii
Fui buscar uma boiada na fazenda lagoão
Saí de madrugadinha pra saltar o Rio Maranhão
Só via chuva e vento cortando aquele sertão
Minha boiada estourou na serra do gavião
Nessa hora o meu pai, chegou ali na ocasião
Meu filho siga viagem, oiiilaráiii, com seu berrante na mão... aiii
O gado me acompanhou dentro da escuridão
Cheguei na beira do rio foi triste a situação
Minha mãe ia rodando nas águas do Maranhão
Joguei meu laço por cima alcançou a sua mão
Tirei ela no barranco e pedi sua benção
Nessa hora meu berrante, oiiilaráiii, repicou na solidão... aiii

Compositores: Albertino Soares da Costa (Albertino Soares), Sebastiao de Freitas Machado (Andrade)
ECAD: Obra #2809486 Fonograma #2132778

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