Eu sou um cara direito Eu vivo do meu jeito, mas tenho responça Levo porrada no peito, luto com o preconceito E afinal de contas
Até quando, até quando Veremos o fogo. Até quando sofreremos em forma de povo
Eu não sou ninguém você é ninguém somos nada Nos vendemos aos eleitos nas portas de nossas casas
Eu to na pira Porque tenho as pernas cansadas de súbitas brigas Assustado eu procuro um abrigo uma praia de sol Pra sentar numa pedra e olhar para o mar do farol
Eu to na pira Porque tenho meu corpo caçado por balas perdidas Estressado eu acendo um cigarro pra pensar ao léu Pra rever os duendes que vivem nos favos de mel
Até quando, até quando faremos da terra. nosso palco, nosso alvo do lixo e da guerra.
Eu vejo um futuro de morte pra nós Deixado de herança por nossos avós Desejo uma praia de sol e calor E um mundo novo sem roubo e sem dor
Eu to na pira Porque tenho minhas pernas cansadas de súbitas brigas Assustado eu procuro um abrigo uma praia de sol Pra sentar numa pedra e olhar para o mar do farol Eu to na pira Porque tenho meu corpo caçado por balas perdidas Estressado eu acendo um cigarro pra pensar ao léu Pra rever os duendes que vivem nos favos de mel