Das cordilheiras por diante, canso cavalo na estrada E toco baio por nada, ganhando tempo e distância Aperto a cincha no arroio mais adiante eu desencilho Num sombreado de contrilho, umas dez léguas da estância O baio até me em parece, que bem conhece o caminho Atira o freio sozinho, sem nem firmar nas esporas Vai a trote nos varzedos, passo largo nas canhadas Na subida uma mermada pra não se perder das horas
2x Essa distancia de léguas maltrata que vai por conta Feito fincaço de ponto do espinho de uma talheira É dor sentida na alma, quando a saudade faz moça Mas depois logo se adoça ao lado da companheira
A légua e pico do rancho, agradeço á São Miguel Tapeo mais o chapéu, com jeito e olhar de esperto Então entendo a distância que não tem culpa de nada E quase não vê a estrada quem já vai de rumo certo A querência é um mate bueno, recém cevado por ela Quando apeio na cancela, e avisto longe a minha linda Estendo a sombra no baio, com o sol a meia tarde E um quero-quero em alarme me anuncia em boas vindas
2x Um olhar em frente ao rancho é quase assim.. Um abraço E eu largo o baio pro pasto, enchendo os olhos de verde Refaço meu tempo agora, que o fim do dia abençoa Feito quem bebe água boa, quando vem louco de cede.
Compositores: Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira), Angelo Franco Moreira Sarmento (Angelo Franco) ECAD: Obra #3535704