Este ritual galponeiro de fazer fogo de chão De acender um palheiro, tomar um bom chimarrão Vem desde o Rio Grande antigo, que guardo em minha memória Embora muitos reneguem, faz parte da nossa história
Este ritual galponeiro de aquecer água pra o mate Quando a manhã nos acorda pra um novo dia de embate É cultura rotineira de quem peleia existência Fazendo deste Rio Grande bem mais que simples querência
(Refrão) Este ritual galponeiro de firmar bem "os arreio" E de fazer entreveiro quando baixa o tempo feio É estampa do gaúcho que tem amor pela terra E vai seguindo o destino no tranco que a vida leva
Neste ritual galponeiro tantas lembranças encilho Tantas lições aprendi, e vou deixar pra meu filho O aperto forte de mão, a carne gorda nas brasas O cheiro de terra e campo que à tardinha invade "as casa"
Este ritual galponeiro, poesia e prosa buena Quando a noite abre seu pala, bordando lua e estrelas Faz parte da minha vida, e quando eu for lá pra pra o céu Quero matear ao pé do fogo sob a aba do chapéu
Compositores: Piero Maier Ereno (Piero Ereno), Paulo Cesar da Rosa Righi (Paulo Righi) ECAD: Obra #2582794 Fonograma #29295393