É potro que corcoveia É o gado solto no pasto É o mundo que vem de arrasto Sinchado no meu sovéu
Não renego tempo feio Se a vida bota retruco E até o céu por ser gaúcho Se desaba num tropéu
O tempo por cabuloso Vem tentiando nas berada Mas não tem fogo, nem geada Que consiga me pealar Tenho a flor desta querência O meu jeito de campeiro E a fumaça dum palheiro Se espalhando pelo ar
Uma tristeza de campo Quis se achegar nessa hora Mas minha alma de vento Se renega estrada a fora E assim vai o sentimento Talariando suas espora
Boto fé no meu cavalo Que me leva onde eu quiser Pela alma do gaúcho Eu sigo trancando o pé
Boto fé no meu cavalo Que me leva onde eu quiser Pela alma do gaúcho Eu sigo trancando o pé
Meu chapéu aba quebrada Se tapiô num de repente E eu mirei que o horizonte Não tava tão longe assim Um compasso de cincerro Um galpão dos bem quinchado E um violão bem afinado São horizontes pra mim
Não hay furo no meu pala Nem ferrugem na garrucha Pois se a alma é bem gaúcha Não nega nas precisão Trago poeira na bombacha As espora bem afiada E a querência bem trançada Nas garras do coração
Uma tristeza de campo Quis se achegar nessa hora Mas minha alma de vento Se renega estrada a fora E assim vai o sentimento Talariando suas espora
Boto fé no meu cavalo Que me leva onde eu quiser Pela alma do gaúcho Eu sigo trancando o pé
Boto fé no meu cavalo Que me leva onde eu quiser Pela alma do gaúcho Eu sigo trancando o pé
Compositores: Erlon Pericles Borges Pires (Erlon Pericles), Carlos Omar Villela Gomes ECAD: Obra #1600032 Fonograma #1588727