Minha terra não esqueço, meu eterno endereço Onde quer que eu vá morar Te deixei quando menino, vim cumprir o meu destino Mas ainda irei voltar Pode ser esta semana, Dou adeus Copacabana Ou quem sabe no verão que vem És o meu sonho dourado, sou um filho apaixonado Que te ama Santarém São Francisco minha escola, eu nunca fui bom bola Mas um Raí-Fran sonhei Minha rua Dom Amando, eu continuo amando Gioconda que deixei Meu pai simples garimpeiro, sempre com pouco dinheiro Mas amor nunca faltava Minha casa era modesta, minha mãe era uma festa Toda vez que eu voltava Sei que era tão feliz, quando a missa da matriz Dom Thiago e o coreto Cine Olímpia ou Cinerama ou na lenda Lady Gama Onde derramei meus medos O Mascote dos Amores, o trapiche, os pescadores E o violão do mestre Moacir Dói demais esta saudade, pergunto a minha verdade O que é que eu faço aqui
No Rio de Janeiro, capital de ilusão Que imaculou meus sonhos e prendeu meu coração E o vento que me trouxe, embalava um cantor E a minha voz te chama, Santarém do meu amor Eu choro tuas águas, Amazonas e Tapajós Dois rios namorados, que encantam todos nós Pequeno Alter do Chão, rogue a Virgem Conceição Pra que eu volte, e pare de chorar... Minha terra não esqueço
Compositor: Antonio Jose Gomes de Castro (Antonio Castro) ECAD: Obra #121190 Fonograma #21767403