São muito perigos São duros castigos ao corpo nu na amplidão Mas vago sem trégua São sete mil léguas onde os tesouros estão
Quantos ardis sobre a negra nau O embate é solitário e é forte a correnteza Vou dar muito além, um erro é fatal Mas nada me detém: uma Deusa me quer bem
Periga existir…
Em domínios estrangeiros dou por terra Uma luz negra paira sobre o vento Sei das provas que o destino me reserva Deixo firme as provisões do armamento
Pressinto a batalha monstruosa Contra a fúria das medusas e gigantes Levo ao punho minha lança poderosa E avanço pela escarpa cintilante
Periga existir…
São muitos algozes São monstros ferozes os guardiões do templo onde vou Mas luto sem prece O céu estremece, quem sabe um Deus me guiou
Venço num triz o duelo final Descubro o relicário e encontro a chama acesa Já posso voltar. O mar é cruel Mas um vento veloz vem: Uma Deusa me quer bem!
Periga existir…
Compositor: Jose Antonio Franco Villeroy ECAD: Obra #18923852 Fonograma #574015