As Galvão
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Lágrimas

As Galvão


Quisera entender o mistério que existe no país das lágrimas
Planeta escondido nas densas crateras de meu coração
Onde o Sol não brilha e não há estrelas de felicidade
É um mundo de trevas onde só existe triste solidão

Lágrimas sentidas deste mundo estranho
Brotam de meus olhos, vem não sei de onde
Chegam não sei como, caem não sei porque
Só sei que elas chegam com a brisa fria da cruel saudade
Quando eu contemplo o cair da tarde
Sempre que me encontro longe de você

Lágrimas, lágrimas
Desespero de quem sofre a solidão do amor
Lágrimas, lágrimas
Gotas tristes a cair do temporal da dor

O país das lágrimas é habitado pela nostalgia
Por qualquer desgosto a sua geleira pode derreter
Por isso ingrato, finja que me ama pra conter a nuvem
A nuvem de prantos que através dos olhos vai fazer chover

Pra não se romper a represa de mágoa no interior da alma
Plante no meu peito pilares de afetos no solo do amor
Não haverá enchentes que transbordam muros de felicidade
Será um país de eterna claridade
Céu de azul intenso, chão cheirando à flor

Lágrimas, lágrimas
Desespero de quem sofre a solidão do amor
Lágrimas, lágrimas
Gotas tristes a cair do temporal da dor

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Compositores: Jose Fortuna (Ze Fortuna), Joao Doracio (Carlos Cesar)
ECAD: Obra #44984

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