Errante andei pelo deserto de Berseba Levando o filho que gerei com Abraão; Não me deixaram mais morrer com eles Porque o menino caçoava de Isaque.
Não tive culpa, foram eles que pediram Que eu gerasse um filho para Abraão Para cumprir a tal promessa do Senhor; Não sei, mas acho que houve precipitação.
Na primeira vez eu sei que errei, Desprezando a Sara como fiz, Mas o anjo me falou e eu lhe escutei, Porque o Senhor me acudiu, Na aflição foi que me ouviu E eu voltei e me humilhei.
Sei que Ismael não era o filho da promessa, Mas, me mandar para o deserto foi engano. Eu sei que para Abraão foi duro à beça Desligar-se do menino aos quinze anos.
Secou-se a água, nosso fim se aproximou. Eu levantei a minha voz e ali chorei. Naquele istante o anjo lá do céu falou 'Hagar, não temas, pois teu filho escutei'.
'Ergue o teu filho pela mão, Dele eu farei grande nação.' Então, Deus abriu meus olhos, e ali eu pude ver Um poço de águas cristalinas, Glória a Deus que tudo faz, E ao rapaz dei de beber.
Deus era com ele e o fes crescer, Flecheiro no deserto se tornou. Casou-se com uma moça da terra do Egito E doze príncipes gerou E ele foi grande nação
Compositor: Atilano Quireza Muradas Neto (Atilano Muradas) ECAD: Obra #135757