Aos amigos que já não vamos mais visitar Aos lugares que nós não vamos mais passear Esta fábula moderna trancada no quintal Fábula contemporânea que já não tem moral História contada pra criança não dormir E que o adulto que se diz maduro volta a cair Só mais cinco minutinhos, por favor "impossível", disse o vilão, despertador
O meu vício é o cansaço Minha droga é o café Sempre apressado Viver só quando der
Dia que inicia ao fim da noite que mal cai Looping de quem não dorme, folga representa paz Sono é sonho de consumo ou cúmulo de acúmulos Compulsivo no mínimo, equivale quando muito Lazer é luxo, lucro é luto Honorário é custo, itinerário curto Pagamento vira passamento O corpo clama cama e calma pede o pensamento Conseguimos tédio em pleno estresse Outrora remédio, agora nos adoece "priorizando o urgente, adiando o importante" A agenda bombando e o coração oscilante Correndo tanto pra chegar aonde? Agradar a quem? ou do que se esconde? Busco o meu "um minuto de silêncio" Vou morrer de ansiedade, mas somente se der tempo
O meu vício é o cansaço Minha droga é o café Sempre apressado Viver só quando der
Cai no fim da noite do dia que se inicia mal. looping! Não dorme na folga, representa paz de quem? Acúmulo de consumo, sono com sonho é o cúmulo Quando equivale o mínimo, compulsivo no muito Lucro com luxo, por lazer luto Itinerário é custo pra honorário curto O corpo vira pagamento. pensamento clama Calma! no passamento pela cama Agora adoece pra conseguir remédio Pleno estresse, outrora tédio Adiando o coração na agenda importante Urgente é prioridade, bomba oscilante Correndo de quem? agradar aonde? Tanto de que? chega ou se esconde? Vou morrer se me der tempo Busco somente ansiedade no meu "minuto de silêncio" O meu vício é o cansaço Minha droga o café Ando sempre atrasado Viver só quando der
Compositores: Fernanda Dias de Oliveira Santos (Fernanda Teka), Vinicius de Melo Nascimento ECAD: Obra #25916344 Fonograma #33165455