Campeando momentos felizes Numa tarde fui ver o arrebol Vermelhão que forma no poente E os raios compridos do sol Maravilhas que Deus construiu Entre tantas, a flor girassol No instante uma nuvem formava Com o vento forte que soprava Parecendo um rochedo, girava No formato de um caracol
De repente a nuvem se abriu E um clarão ofuscou meu olhar Meio tonto de olhos fechados Uma voz começou a falar Tudo isso que tu admiras Que estás aí a contemplar Matas verdes e a passarada Pôr do sol e a lua prateada Dei de graça, não lhes cobrei nada Não estão sabendo aproveitar
Os meus rios de águas cristalinas Muitos deles não têm mais pureza São entulhos, esgotos, detritos Vão poluindo sua correnteza Os meus seres viventes das águas Sufocados morrem sem defesa É a vida que vai acabando Pouco a pouco e ninguém está notando Abra os olhos, estou alertando Pra no fim não ser uma tristeza
Do espaço vem a represália Em castigo à destruição Tempestade, sol forte e queimando Outras áreas têm inundação Lençol d'água vai só abaixando Vejo isso com preocupação Ser humano vai perdendo a linha E um novo tempo avizinha Poucos guardam as palavras minhas Estendendo às novas gerações
No meu livro sagrado ensinei A doutrina e obediência Como andar pelo caminho certo Conhecer e praticar a prudência Porém poucos sabem se mim Me seguir é fazer penitência Do meu nome tem gente que zomba E se rocha que move está bamba É por isso que a sorte descamba Tudo é fruto da desobediência
Compositores: Anilson da Costa Meireles (Anilson da Costa), Jair dos Santos Seabra ECAD: Obra #22248178 Fonograma #1106278