Na construção de um povo que não é povo é pólvora Alguns vêm na madruga pra poder exterminar Filósofos antigos reunidos Ágora Toma conhecimento decisão que é popular Caminho na contra mão sem rumo sem direção psique de obseção Vagão lotado Mas que insiste A individualização Smartphone na mão O coro come lá fora, fora da tela que deixa dependente dela Ligado a ela Mas se é o rato de rua a irrequieta criatura Ode aos ratos O pensamento de angustia que agoniza e expurga Fuga de interpretação das teorias que maneiam explicação Só no lugar do dizer, mas falta muito fazer Sai das teorias e agir de forma prática Mudar de tática Muita leitura sem troca não muda a estrutura Revolução que segue muda Não adianta reclamar que o povo é que não muda Não vejo nada Não vejo espaço de acesso no mundo globalizado Vejo os mesmo de terno Ocupando os espaços que dizem ser de mérito Mérito do que? De quem? Pra quem? O topo da pirâmide é pontudo e estreito As vezes suspeito se caberão todxs lá Mas sempre tem um discurso de que é possível chegar Basta ralar se quiser chegar lá Nada mal, natural Sociedade de classe tem ascensão social Descentralize o poder e distribua renda Para que deste jeito a molecada aprenda Já estamos cansadxs de ser a margem da margem Tiradxs pela cor E por questões de classe Se te incomoda ouvir Me cansa repetir Bater na mesma tecla Que não é Sap Você me entende, né? Mas fingi que não sabe