Eu sou do campo donde o boi espicha o berro Da onde a marca de ferro Timbrou o tempo com brasa Eu não me entrego pra modismo e pra tendência E defendo esta querência porque ela é minha casa
Não me despilcho uso a indumentária inteira Porque essa onda estrangeira nunca roncou no meu bucho Sou missioneiro não conheço o tal de medo Quando eu morrer vou azedo, mas azedo de gaúcho
Me fiz no fogo igual a um doce de tacho Nem que o mundo venha abaixo me perco do meu rincão Não abandono meu poncho e nem meu arreio Que a tradição é o esteio que sustenta o meu galpão
(Baitaca, alegria grande cantar contigo, meu irmão! Meu amigo Joca Martins, nem que o mundo venha abaixo Vamo conservando a cultura xucra, sem nunca frouxá o garrão, meu parceiro!)
Eu sou campeiro e escuto o som da campanha Respeito a cultura estranha, cada um na sua aldeia Tudo no mundo tem seu lugar delegado Dentro do sino o badalo junto das mãos habaneira
Mesmo que desça um disco voador no chão Não largo da tradição que é a raiz que me amadrinha E nas antenas de um Et boto meu aço Ninguém mandou vim do espaço Ele que volte pra Varginha
Me fiz no fogo igual a um doce de tacho Nem que o mundo venha abaixo me perco do meu rincão Não abandono meu poncho e nem meu arreio Que a tradição é o esteio que sustenta o meu galpão
(Baitaca, nem que o mundo venha abaixo não saímos desta estrada Só sai desta estrada quem não conserva o que é nosso Deus te ilumine nos palcos meu companheiro! Aí que eu me refiro!)