Num verso xucro para o meu povo eu explico De novo encontrei o Tico e dei risada a reviria Eu percebi que o Tico não tem mais jeito Cada vez mais sem respeito e vive fazendo folia
Sem serventia tipo à toa e bagaceiro Vive fazendo besteira e conversando abobrinha Encontrei ele numa dança abagualada Com a sua namorada por apelido bolinha
E a mulher que o Tico tinha cuspido Já deu-lhe um nó no vestido e começou a complicar Parou na porta de revolve e de facão Tava cheia de razão, não deixava o Tico entrar
Pensei comigo eu vou terminar com essa briga Porque sou da moda antiga e covardia eu não agüento Disse pra ela, senhora se acalme um pouco E num jeitão meio de louco, eu botei o Tico pra dentro
E o segurança que tipo provalecido Chamou o Tico de fidido e perguntou se não gostou Dali um poquito lhe veio lá da cozinha Meteu a mão na bolinha e o Tico se alevantou
Se discutiram os dois teimoso e bicudo E saíram quebrando tudo numa bagunça formada Os três brigando e rolando sem atrapalho E a bolinha dava de taio e o Tico de cabeçada
E o porteiro dando uma de machão Gritou alto no salão, disse: hoje eu vou te quebrar o bico Num tiroteio de clarear fogo na sala Não é que pega uma bala bem na cabeça do Tico
Ele morreu e fumo velá lá em Osório Fiquei junto no velório até que chegasse o fim E a noiva dele amanheceu se clamando E me pediu meia chorando enterra o Tico pra mim