O meu chapéu dá quase um palmo de aba Bombacha larga com cinco metro de pano No meu pescoço lenço branco ou colorado Esparramado no peito desse pampeano O céu azul é minha coberta que me tapa E a rima guapa é a minha cama onde eu me deito Cutuco a rima enquanto a cordeona soluça E o verso xucro escramuça na invernada do meu peito (2x)
Nesse tranco fandanguero, dexa que eu me vá Nesse em balo galponeiro quero ver me segurá Sou bagual, sou caborteiro, ruim de me domá Aço ruim de derreter e sou pau ruim de farquejá
Gosto de ver uma cordeona resmungando E retoçando numa vanera cuiúda Danço arrodiado num balanço socadito Agarradito numa morena parruda Se por acaso no meio na polvadera Um bagacera dá uma de valentão Mostro pra ele que índio macho de respeita E o bagacera se ajeita na foia do meu facão (2x)
Nesse tranco fandanguero, dexa que eu me vá Nesse em balo galponeiro quero ver me segurá Sou bagual, sou caborteiro, ruim de me domá Aço ruim de derreter e sou pau ruim de farquejá
Encilho o pingo e já salto pra o arreio Vou prum rodeio que o compromisso me chama Tiro de laço, gineteada e paleteada E na noitada tem o fandango na grama Subo no palco e faço um show de respeito Abro meu peito pra gauchada campera E a inspiração vem das palma da platéia E o verso salta da idéia que nem zebu da mangueira (2x)
Nesse tranco fandanguero, dexa que eu me vá Nesse em balo galponeiro quero ver me segurá Sou bagual, sou caborteiro, ruim de me domá Aço ruim de derreter e sou pau ruim de farquejá