Era numa vila lá muito distante, Morava um bandido muito valentão. Matava por gosto e quando dava tiros, Até levantava poeira do chão. Um dia cedinho saiu pela estrada, Em outro povoado ele apareceu. E numa vendinha chegou dando tiros E foi desse jeito que aconteceu.
Dono da venda:quem é que tá dando tiro ai? Bandido:sou eu,e daí? Dono da venda:quem é você? Bandido:sou o bandido cá ôio,o bom. Dono da venda:vá embora,que aqui não tem lugar pra bandido.bandido ah,não?...(tiros)... Dono da venda:ai,ai Bandido:mas tem lugar pra defunto(risada)...
E esse bandido matava sem medo, Era corajoso e de nada temia. Em qualquer lugar que ele chegava, O povo de medo na hora corria. Em toda vendinha que ele chegava Ali já formava aquela ruaça. Quem nunca bebeu um copo de vinho, Tinha que beber um copo de cachaça.
Bandido:enche esse copo aí(barulho de bebida enchendo o copo).bebe aí,vovô. Vovõ responde:eu não bebo. Bandido:então leva chumbo(barulho de tiros...)
Aquele bandido chegava na vila, O povo de medo ficava sem fala. Mas naquela vila morava um xerife Naquela região ali era bala. Aquele bandido começou dar tiros E uma mulher,no chão caiu morta. Na hora que estava formada a bagunça Chegou o xerife da garrucha torta.
Xerife:levanta ai,negão,eu sou o xerife da garrucha torta,atira na janela e rebenta a porta. Bandido:eu sou o bandido cá ôio,o bom. Xerife:prepare já. Bandido:prepare você(barulho de tiros...) Ai,me acertou. Xerife:bem na curva.
E aquele bandido alí caiu morto Acabou a bagunça daquele povoado. Hoje ninguém fala no tal homem mal, Todo mundo agora dorme sossegado. Acabou o barulho porque o xerife Chegou e cumpriu a sua missão. Aí está o exemplo que o fim do bandido É morrer a bala ou ir pra prisão.
Compositores: Braz Aparecido de Lima (Braz Aparecido), Oswaldo Galhardi ECAD: Obra #144162