Sanfona velha amiga companheira Grande mensageira E quem te ouve pede bis Vem comigo que eu te levo de carona Chora sanfona e faz o meu povão feliz
Quando seu Luiz gravou cantando O seu sucesso foi muito alem das fronteiras Sobrevoava nas asas da asa branca Com os acordes do mestre Orlando Silveira Daí então se inteirava feito um rei Consagrou o Dominguinhos seu eterno jenuino Era tanta propaganda no sertão Muito cartaz que o povão ia aplaudindo Mais com o passar do tempo foi decaindo Decaiu tanto que já estava emolecido Foi ai que recorreram ao Chiquinho Então ele voltou a ser aplaudido
Cantava enciumado com a mão no trabuxo Pediu pra Dominguinhos se debruçar no luxo Se propaga no maior mais nas horas do refugio Se escondeu por trás do fole do mestre Chiquinho gaúcho
Quem sabe, faz e não pede Não espera o professor Mais quem não pode se escora Nas sombras do protetor Foi assim que ele viveu A vida inteira inteirando sem dar vez Eu não sei se comprou tributo Mais se dizia o senhor absoluto Sua excelência ao rei
“Seu Luiz foi o maior cantador e contador de historia do Nordeste. O nosso verdadeiro representante. Cantou a triste partida, estrada do canindé, asa branca, assum preto e outras mais Numa passagem seu Luiz intimou Dominguinhos: Dominguinhos, você tem um compromisso muito serio com o Nordeste Dominguinhos retrucou: e eu não sei? Sabe muito, mais deixou a peteca cair, hoje a nossa cultura ta sendo extinta, ta sendo esquecida. Já tem sanfoneiro tocando sanfona, abrindo e fechando no palco com dois teclados por trás acompanhando eu acho que esta errado, vamos unir e defender nossa cultura.”
Vamos unir todo Brasil Vamos dar um lar a essa coroa Nosso trono falta um rei E por ai se diz muito ruim sem coroa
Vamos unir os nordestinos Sanfoneiro, poeta e cantador Pra defender esta coroa E ser dignamente o novo imperador
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Luiza - Rio de Janeiro
Compositor: Benicio Joaquim de Maraes (Benicio Guimaraes) ECAD: Obra #1443900 Fonograma #3252212