Deus me livre de canseira não vou engolir poeira, Vivo assim nessa peleja Quem não quiser ver não veja, cada dia tem um nó Desato de um por um, me pinto de urucum, Toda guerra tem ferida O segredo dessa vida é não querer viver só
Toda força ainda é pouca nem tudo que sai da boca vai pros ouvidos do mundo O que será que tem no fundo de um coração cruel? Já ouvi com paciência toda historia da ciência, Quero escrever a minha, toda caboca é rainha, todo caboco é fiel.........(bis)
Pra defender meu domínio, vou pelo raciocínio que nem tudo é passageiro Imagine o ano inteiro esperando meu amor Pedra que é pedra procura, na sua inércia segura rolar pelo morro abaixo Água correndo por baixo da terra que já secou
Cada folha do meu livro, tem um traço, tem um crivo, vai do presente ao futuro Olho por cima do muro, fico de cabelo em pé Se eu disser tudo que penso, deixarei o mundo tenso Ta na hora da viola deixar de pedir esmola e cantar o que bem Quiser...........(bis)
Já me deram muita corda, bicho amarrado engorda, cada qual tem o seu tempo Sou metade-contratempo a outra banda voou Descortino o infinito pra ver seu olhar bonito, não preciso mais do ouro Chapéu e calça de coro, cada um tem seu valor
O sol bate na moleira, tem forró no mei-de-feira, numa roda cabriola Tanto verso que atola quem num for bom cantador Pra ficar feito e bem feito, se não tiver outro jeito, É se defender na taca, cortar o fio de faca, seja lá que bicho for
Compositor: Edilberto Cipriano de Brito (Beto Brito) ECAD: Obra #732080