Tô engolindo poeira do meu destino, Vivo assim desde menino Onde será que ele vai dar? É uma estrada tortuosa, poeirenta, Que for mole não agüenta Onde será que ele vai da?
É perigoso qualquer tipo de atalho, Virar gado sem chocalho Ninguém vai lhe escutar É chão de ferro pra gastar qualquer sapato, Pouco queijo e muito rato Onde será que ele vai dar?
É nau perdida nas procelas dos meus olhos É um riacho que pode virar um rio e topar o desafio De bater no meio do mar É um novelo com linha de toda cor Tem uma delas colorindo meu destino Que eu deixei pelo caminho pra voltar pro meu amor
É o vento que vai me levando feito pena É o tempo que passa, que olha, que acena Me leva, me leva pra onde quiser Me leva, me leva, me leva pra onde quiser
Tem um correndo, outro esperando sentado cada um já ta Marcado, Onde será que ele vai dar? Eu tô na fila, vou andando lentamente feito esse meu repente Onde será que ele vai dar? Já vi de tudo: cego vê, falar o mudo, isso não parece absurdo Quem nos tira pode dar A recompensa, quando nem a gente pensa, chega como a chuva fina Onde será que ele vai dar?
Compositor: Edilberto Cipriano de Brito (Beto Brito) ECAD: Obra #732132