Num choro lento e tão tristonho Um tanto medonho Vejo sobre o leito agarrado ao peito Uma criança fome que tem fé por nome Na esperança um dia De crescer e ser feliz
Eu me apavoro tanto com esta cena E o pranto vem me dominar Então deixo cair o manto da mentira E o santo ajoelha eu vou rezar
Eu rezo sem mordaça o canto dessa raça Chão, terra, povo irmão Na oração de vocês que vem na retaguarda Num mesmo pensamento Um mesmo sentimento Amor sem receio algum Dessa união somos em comum Os anjos da guarda
No leito a mãe que acalanta Ri, chora e canta o terço pra dormir É o que me faz sentir Na carne a Palavra Pau, ferro e fogo Desse povo eu sou também
Amém, só digo é na igreja E Deus me proteja se eu sigo além Daquilo que é permitido Ou que é proibido, eu quero é ser alguém
Eu quero no futuro um sentimento puro Amor, união e flor No coração daquele que vem Na mãe que aguarda
Eu quero ver meu filho E também muito brilho em seu olhar Quando ele olhar pra trás e disser Vem aí o meu pai, meu herói O meu anjo da guarda
Compositor: Humberto Miranda Neto (Beto Mi) ECAD: Obra #239896