Antiga moradia vim trazer-te o meu abraço Rever tristonha mente tuas velhas dependências De mim tu não te lembra porém eu me apresento Eu sou um dos teus filho de quem foste residência Ainda era crianças quando meus pais se mudaram E mesmo la distante eu te conservei comigo Me livraste da chuva e das noites de geada Me dando como teto seu aconchegante abrigo
Que Deus te pague fiel amiga de minha infância Pois todo bem que a mim fizeste não esqueci A ti eu dei meu amor sincero desde criança E seguirei toda minha vida pesando em ti
Antiga moradia companheira do passado Pertence ao crepúsculo das tardes coloridas Somente o curiango vem cantar no teu terreiro Em vozes que entristecem o final da tua vida E quando chega a noite se escuta muito longe Os roncos apavorosos de um feroz lobo assassino Em meio se transitam solitários vagalumes Na quietude imensa que conduz o teu destino
Antiga moradia corroída pelo tempo A tua cobertura vai aos poucos demolindo Tal qual as minha forças que também se esgotaram Na longa caminhada que até hoje estou seguindo O nosso pai supremo concedeu-me o direito Em vir de muito longe dar a minha despedida Tu ficas coroada como poder da velhice E eu serei levado pelo vendaval da vida
Compositor: Osvaldo Franco (Dino Franco) ECAD: Obra #240784