Rico não é quem tem E sim quem não precisa de muito para ser feliz Rico não é quem tem E sim quem não precisa de muito para ser feliz A rima que eu levo e sou grato é pautada em princípios E o fato é que seria chato se não fosse o ofício Um vício de transformar escrita em artifício Difícil é fomentar reflexões neste hospício Indício, palavras movem multidões E podem aos milhões de vezes serem proferidas Simbolizarem chaves que abrem grilhões De nada valerão senão forem entendidas Mudar ponto de vista um ambigrama O que tem mais valor para você? Amor ou grana Várias minas na cama ou sentimento de uma dama Problema pode ser um desafio ou um drama Respeito ou fama? Justiça ou trama A chama que te faz feliz ou o que a sua ira inflama É uma mera questão de ter postura E o rap faz a ponte e um monte bebe dessa cura Então segura, o poder do verso há de vencer E o proceder valorizar e fazer por merecer Agradecer ao prato diário de alimento Simples como contato sinta o poder do vento Só um por cento hoje em dia é ouvinte A maioria ostenta ou vislumbra o requinte E posta e sonha e curte e mente E rouba e mata e fala mal de tanta gente Inconsequente, reacionário reviravolta Sua escolta não é blindada pra revolta Ação e reação beba um café reabasteça Não se esqueça, simplicidade de ponta cabeça E por si só entenderá toda a verdade Que você sonhe o impossível mas que realmente Conquiste o necessário e quebre essa grade, essa grade Sabendo que você já tem o suficiente Rico não é quem tem E sim quem não precisa de muito para ser feliz Rico não é quem tem E sim quem não precisa de muito para ser feliz O meu capital de giro é a voz que não se cala Onde muitos pelo cifrão perderam o valor da fala Milionário de ideia cobrindo o custo diário O lucro é ver a plateia honrando o meu honorário Muitos tem vocabulário, poucos tem palavra A maior riqueza é o respeito onde o conceito não trava De quebrada na minha área onde o sol nasce mais cedo Onde o Peri é mais alto e o perigo é ter medo Tipo uma roda de rima no seu pagode de mesa Vou dando voltas por cima só com os malandro firmeza Que não me falta clareza pra ser o que acredito Pois guerra silenciosa não se ganha no grito Só preciso de uma sombra em meia dúzia de amigos Que não aceitam a sobra e puxam o bonde comigo Conforto é ter, mas pros loucos que vem de onde eu vim Não usam os outros da escada e tampouco de trampolim É assim!
Compositores: Marcio Sampaio Guimaraes (Marcio Guimaraes), Lucas Guilherme Ramos (Os Latif), Willian Coelho (Billy Saga) ECAD: Obra #38527995 Fonograma #42870258